sábado, 27 de junho de 2009

[Antevisão - Parte I] 4ª Grande Corrida Jornal "24 Horas" na próxima 5ª Feira no Campo Pequeno


A nocturna de 2 de Julho constitui, à partida, um acontecimento para a história do toureio por nela se encontrarem dois dos nomes que melhor representam o estilo clássico de lidar a cavalo e a magia de lidar a pé, respectivamente António Ribeiro Telles e José António Morante de la Puebla. Para rematar este cartel de máximas figuras, estão o quase centenário Grupo de Forcados Amadores de Santarém, e a prestigiada ganadaria Ortigão Costa.

António Ribeiro Telles representa, na actualidade, o senhorio dos antigos cavaleiros fidalgos que, ao longo de mais de dois séculos, cimentaram os fundamentos da Arte de Marialva. Desde a sua forma de montar a cavalo até aos mais ínfimos pormenores que exibe em praça, na forma de vestir, de citar, de consentir o toiro ao estribo e de rematar as sortes, António em tudo segue os ditames clássicos que tornam a Arte de Marialva única no mundo do toureio a cavalo.

José António Morante de la Puebla chega ao Campo Pequeno aureolado por triunfos indiscutíveis em Madrid (Triunfador da feira e autor da melhor faena) e Granada, encontrando-se contratado, também nesta temporada, para as mais importantes feiras de Espanha e França. Álvaro Acevedo, nos Cuadernos de Tauromaquia escreveu, a propósito de Morante de la Puebla: “…a festa terá que agradecer-lhe várias coisas quando a perspectiva histórica o permitir. Por um lado, a continuidade do estilo sevilhano no século XXI e, por outro o resgate de sortes já desaparecidas. Trata-se, portanto de um conteúdo valiosíssimo para o toureio dos nossos dias…”.

O Grupo de Forcados Amadores de Santarém é o grupo mais antigo de Portugal e foi o precursor do modelo amador nos Grupos de Forcados. Foi com a criação e perpetuação do modelo amador, que a pega se guindou à categoria de sorte do toureio, merecedora de estilização e codificação, pelo estabelecimento de regras precisas quanto à forma de pegar, à farda dos forcados, aos terrenos, às vantagens ao toiro, ao cite, recuo e reunião, que concretizam esta portuguesíssima arte, que é apreciada e respeitada em qualquer parte do mundo.

A ganadaria Ortigão Costa foi fundada no final da década de sessenta, através da compra do efectivo e ferro de maria Cruz Gomendio, procedente de Félix Suarez (Duque de Tovar) com sementais de Juan Guardiola, sendo posteriormente introduzidos sementais de Oliveiras Irmãos e Murteira Grave. O efectivo actual é constituído a partir de vacas e sementais de El Torreón, eliminadas que foram todas as anteriores precedências. O seu encaste actual é Parladé (Domecq).

A Banda do Samouco abrilhantará musicalmente este espectáculo, no qual serão apresentadas novidades no seu repertório. Oportunamente, o serviço informativo http://bandadosamouco.blogspot.com voltará a abordar este tema.

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