Crónica Tauromáquica por Patrícia Sardinha, Directora Adjunta do Serviço Informativo Naturales - Correio da Tauromaquia Ibérica;
Fotos de João Silva, Chefe de Fotografia do Serviço Informativo Naturales - Correio da Tauromaquia Ibérica:
Campo Pequeno – 19 de Junho, 2008:
Depois de sofrida a desilusão futebolística, e porque amor mesmo tenho aos toiros muito mais do que ao futebol, a passada quinta-feira foi bem recompensada com a novilhada realizada no Campo Pequeno.
Tiago Carreiras era bastante aguardado pelos aficionados no Campo Pequeno, depois da sua brilhante prestação em Reguengos de Monsaraz no passado dia 10 onde triunfou. Não sendo grande a sua estatura, enorme é o valor do jovem ginete, que preza muito também pelas boas montadas que apresenta. Teve pela frente um novilho com 502 kg e a quem deixou bem dois ferros compridos, mas sofreu um toque no remate do segundo. Com os curtos sacou do cavalo estrela, evidenciando boa brega e rematando as sortes espectacularmente com o cavalo a colocar a cara em cima do novilho.
Pelo grupo de forcados do Clube Taurino Alenquerense foram forcados da cara, Carlos Miguel que dobrou o colega Pedro Coelho à quarta tentativa e com as ajudas carregadas, e David Vicente à segunda depois de uma primeira tentativa mal efectuada.
Pela parte apeada abriu o lote Gonçalo Montoya, que apesar de ser o mais posto, pareceu-me o menos deslumbrado dos novilheiros presentes. Com o capote demonstrou alguma elegância, na muleta teve dificuldade em encontrar sítio, mas quando acertou nos terrenos do novilho, que pesou 498 kg, efectuou-lhe uma série de passes ligados com a direita. Com a mão esquerda a faena não resultou tanto, deixando apenas uma série de naturais soltos.
Manuel Dias Gomes recebeu o novilho com 495 kg, à porta gaiola, de rodillas com uma larga afarolada seguida de verónicas bem conseguidas. Com a flanela desenhou sortes com ambas as mãos, templadas mas com pouco mando.
André Rocha seguiu o mote e esperou o novilho com 470 kg, também à porta gaiola e de joelhos para uma larga afarolada. Deixou ele próprio três pares a quiebro no tércio de bandarilhas, e com a muleta toureou essencialmente pela direita, numa faena que apesar de vontade do novilheiro não rompeu, faltando alma na sua actuação. Finalizou com uma série de passes de joelhos no chão.
Filipe Proença ‘Chamaco’ teve pela frente o último novilho da noite com 506 kg, e como não há duas sem três, também o recebeu à porta gaiola para desta vez a sorte a resultar desfeita com o novilho a passar-lhe por cima. Tentou compensar com o capote, andando variado mas impingindo rapidez que por vezes resulta em atrapalhação. Contudo é um jovem disposto e com ganas, que também revelou sucesso nas bandarilhas, e com a muleta andou firme, com entrega, basicamente com derechazos templados e alguns desplantes.
Os novilhos de António Charrua foram colaboradores, de diferentes estampas e boa apresentação. Dirigiu a novilhada César Marinho assessorado pelo veterinário Matias Guilherme.
Apresentamos em seguida alguns dos momentos neste espectáculo, fotografados pela objectiva sempre atenta e oportuna de João Silva, chefe de fotografia do serviço Naturales - Correio da Tauromaquia ibérica:
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