Já em palco, um misto de sentimentos: a ansiedade estampada na cara de alguns músicos contrasta com a segurança de outros, os veteranos. Sem dialogar, há olhares que valem mais que mil palavras.
Passam poucos minutos das 21H30: abre-se o pano. O maestro entra em palco e saúda o público, virando-se em seguida para os seus músicos. "Tércio de Quites" arranca seguro e abre o espectáculo.
António Dolores no clarinete e Pedro Carvalho no trompete em "Mar I Bel", André Craveiro no saxofone alto em "Ross Roy", Miguel Silva no trompete em "Alcochete Olé" seguram e bem os solos que o repertório da noite lhes reserva.
Sérgio Oliveira coloca a sua estante mais alta que o habitual e muda a sua posição em palco: na sua estante avista-se "El Compae" de José Molina, mas sem partitura: o papel é de clarinete solo. Ela e ele: banda e maestro clarinetista solista arrancam para uma interpretação limpa, segura, de excelente nível. O público manifesta de forma ruidosa o seu agrado.
Fecha-se o pano. Já com o dia de aniversário em mente, à saida um até já entre músicos e maestro. O concerto de aniversário pouco ou nada terá a ver com o desta noite: novos temas novos desafios: uma viragem de página para a Banda de Música e não só. Afinal este Sábado é o primeiro dia do resto da vida da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense.