Três e meia da tarde: a uma hora da estreia sente-se tensão no ar. Entre o palco e os camarins, os coralistas exprimem o que lhes passa na alma. "Achas que estou bem assim?" ou "O nó da minha gravata está como deve ser?" são frases ouvidas de forma repetida pelos bastidores do espectáculo. A voz entretanto aquecida contrasta com o "nó na garganta" de alguns.
No lado oposto do edifício, dezenas de pessoas chegam à rua Francisco Domingos Taneco. Entre uma bica, um taquinho, uma garrafa de água e dois dedos de conversa, aguarda-se a abertura de portas para se conseguir o melhor enquadramento para ver a mãe, o filho, a nora, a vizinha, a sogra, o pai, o amigo em tão aguardada estreia.
O presidente da Sociedade teima em não arredar pé dos bastidores, mostrando sem palavras o quanto especial é este dia também para ele. Os coralistas veteranos vindos da sede de distrito vão tranquilizando os estreantes, passando a confiança necessária para que nada falhe.
As portas da sala abrem-se: um murmúrio característico invade a sala Francisco Domingos Taneco, numa ocupação ordeira das mais de três centenas de lugares sentados. Em palco surge a ordem para cada um tomar o seu lugar. "Como estará a sala? Será que está muita gente?", perguntam várias das coralistas.
O momento está próximo: Ferreira Teixeira discursa um breve par de minutos, fazendo ainda mais suspense entre todos os coralistas. Um último olhar da maestrina é determinante: após 14 meses de trabalho, confiança e segurança é a mensagem ao abandonar o palco, ainda que por breves instantes. Fazem sinal para abrir o pano: um leve ruído mecânico começa-se a ouvir.
O momento está próximo: Ferreira Teixeira discursa um breve par de minutos, fazendo ainda mais suspense entre todos os coralistas. Um último olhar da maestrina é determinante: após 14 meses de trabalho, confiança e segurança é a mensagem ao abandonar o palco, ainda que por breves instantes. Fazem sinal para abrir o pano: um leve ruído mecânico começa-se a ouvir.
Segundo a segundo, abre-se o pano para o início de uma promissora carreira do Grupo Coral da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense.
2 comentários:
Uma miscelânea de sentimentos estavam presentes no palco Ansiedade, Medo... mas também alegria, por ver chegar o momento há tanto tempo esperado. Após abertura do pano, o olhar de CONFIANÇA E SERENIDADE que vi na expressão da professora,deu-me uma força interior tão grande que tive (ou tivemos)naquele momento consciência de que a finalidade de representar-mos BEM a Sociedade iria acontecer.
OBRIGADO à S.F.P.L.S. por permitir a nossa existência.
OBRIGADO MAESTRINA pela capacidade e dignidade no trabalho desenvolvido.
OBRIGADO GISELA!...
Judite Caetano
espero que este tenha sido o momento zero de uma grande e promissora carreira para o coro do samouco.
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